sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

26.11.13 ano novo, etapa nova

jorginho, aqui estamos, tu e eu em moscovo, partindo para uma nova etapa. quase nem acredito. foram 3 anos intensos em tudo! relembrando o percurso até hoje, posso afirmar que o que não nos mata, fortalece, mas tudo tem um preço! acho que vou perceber um pouco mais tarde, pois ainda estou anestesiada do efeito da liberdade que hoje sinto ao deixar um peso destes 3 anos nas costas. tenho, no entanto muito a agradecer: à família que esteve comigo e me sustentou nas dúvidas e pepinos, aos amigos que me deram, à distância, o necessário para aguentar o frio e valores tão diversos como os que vivi na rússia. aos amigos alemães que me fizeram perceber como essa alemanha que bem conheci nos anos 70 e 80 foi por água abaixo e que me fizeram compreender melhor a situação portuguesa, pois antes disso eu estava demasiado focada na sobrevivência e não via nem entendia um caraças! daí hoje entender como as medidas de austeridade funcionam também na passividade do povo! é dois em um! sinto alívio pelos momentos difíceis mas que os superei, a força que fui buscar não sei aonde para continuar esta longa e eterna caminhada. aos amigos de itália que me deram um refresco na alma e que acreditaram em mim. aos bons amigos que fiz em moscovo e que fizeram o dia a dia mais suportável. mas prontos! c'est fini!  agora começa uma nova etapa. estou contente, mas também preocupada por aquilo que vou ver e que sei que me vai fazer sentir a vergonha que se está a viver no nosso país e por todo o lado, pois o modelo fez copy paste na europa. irei tentar fazer o meu melhor, activar laços e ideias que me irão surgir, espero eu. vou esatr com a lisita que añoro, curtir a família em pleno! fixe! vou visitar os meus amigos, vou visitar a ursel, a isabel saranova, a outra isabel saranova que as duas tanto gostam de ti. e irei visitar a regula! assim que te darei notícias dos teus amigos, vale?  fiça bem, brother. o povo sauda- te  e expressa saudades.  tu, vai dando chispas de alegria quando me lembro de ti. fico sempre com um sorriso nos lábios quando  te lembras de passar pela minha cabeça. a gente agradece a tua permanência e insistência. até já, quando quiseres!

domingo, 15 de setembro de 2013

isabel saranova...






esta coisa do facebook, tem muito que se lhe diga.. já encontrei pessoas, que sem essa ferramenta, seria impossível de as rever! a última surpresa foi mesmo a nossa isabel saranova. eu, como tu sabes, sou uma despistada de meia noite. tenho memória para muitas coisas, para outras sou um desastre! os nomes então... enfim. pois a isabel lá tratou de nos desencantar, e olha, desencantou mesmo!!! eu não me lembrava do seu apelido. era practicamente impossível descobrir. mas fiquei muito, muito feliz de ter tido esse previlégio de, depois de tantíssimos anos, saber que ainda este ano pretendo fazer uma visita a logroño e estar com ela! tenho também muita vontade de ver a sua  mãe - lembro-me tão bem dos seus cozinhados!! el cardo! que maravilla!- e  conhecer também o tomás, que tu conheceste, aliás, tu mantiveste o contacto durante bastante tempo com ela/eles. só há boas recordações a teu respeito, mano, deixas todos de coração grande quando se fala de ti.

aqui vai a conversa com a isabel...

Belinha, han pasado tantos años! Te encontre en fb. Me gustaria saber de vosotros siempre en mi corazon. Un gran abrazo

Ha sido una gran conmoción enterarme de lo de jorge, su risa grande y sonora me llena a la vez de alegria y tristeza de no tenerlo ya. Descubri el blog, y lo lei de cabo a rabo, es precioso bela, un homenaje y a la vez un desahogo para ti. Todo mi cariño te mando. Yo no tengo ese espiritu aventurero de vuestra familia y aqui sigo en logroño, trabajando con discapacitados que me dan lo que los "normales", por nuestro egoismo no somos capaces. Mi madre esta bastante bien, y me va a costar decirselo porque muchas veces se acuerda de jorge y me reprocha lo dejada que soy por no tratar de saber de él. Pero la vida va a un ritmo tan frenetico que no nos da casi respiro. Tomas, mi hijo, tiene ya 21 años, y está, como casi toda la juventud de este pais sin trabajo y sin prespectivas de futuro. Viendo pasar la vida. Bueno , belinha, que alegria, sentirte un poco mas cerca gracias a la tecnologia. Yo estoy un poco pez en esto, pero voy aprendiendo. Un abrazo grande, grande. Nos comunicamos prontito. Milbesos

Hola, bela, ayer estuve en bilbao en el "guggi" (guggenheim) como le llamaba jorge, son tantos los recuerdos de gratos ratos pasados... Ya veo que vas a llorar y no era esa mi intención. Voy a ver si aprendo a colgar fotos y te mando algunas para que pongas en el blog. Acuérdate de que has prometido hacernos una visita, se lo dije a mi madre y se puso muy contenta.


 
aqui tens a nossa isabel e tu com o tomás... estavas mais gordinho, caraças....

 aqui te mando também algumas fotos das gentes que tu adoras. a mãe estará ao teu lado, e estás muito bem acompanhado - vê se instauras aí a revolução por amor de deus, pois por cá a coisa morre de tédio, de passividade! e a ladroagem vende, faz e desfaz deste paraíso para alguns. Jorge, estou completamente desencantada, acredita. não vejo luz ao fundo do túnel. vejo pouca gente a mexer o cú para que algo mude de figura.
meu mano, hoje é o dia não. o teu dia não. estava eu na Alemanha, hoje estou em moscovo. o tempo passa!
fazes-nos falta.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

happy birthday jorge...

Sabes o que me apetecia fazer? uma viagem contigo. uma viagem daquelas que não se planeiam ao pormenor, mas sim na duração. sei lá, 3.. 6 meses. uma daquelas viagens que se vai e se volta diferente. pode ser áfrica. África seria um excelente destino a partilhar contigo. podia ser Moçambique, S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde ( íamos onde estiveste e visitar a tua malta) ou simplesmente outro destino qualquer. Esquecer em primeiro lugar todos os pepinos do dia a dia. Não levar quase nada. Ir sem hotel marcado, nem itenerários já feitos. Íamos e depois víamos, consoante o vento e disposição. E que tal uma viagem musical e gastronómica? acho que condizia connosco. Ou então à procura dos melhores pores do sol, das melhores praias e comunidades. acho que seria tudo isto e muito mais. Falaríamos con todos das aldeias, viviríamos com eles e aprendíamos imenso. longes das grandes povoações, diríamos ao pessoal que na europa não se vive tão bem como eles pensam e que eles com pouco serão capazes de ser mais felizes. queixarnos-ía-mos das grandes mudanças que estamos todos a viver no mundo à custa de meia dúzia que explorou o tutano do povo e nem sequer nos demos verdadeiramente conta. falaríamos da estupidez que foi e é de votar nos partidos políticos. Esses que tanto prometem mas que não representam ninguém, só a eles próprios. Falaríamos que antes de se entrar para a tal da comunidade europeia ( o que é isso?)  tínhamos muito mais soberania e que pouco a pouco nos foram tirando o tapete até perdermos tudo o que as gerações anteriores tanto lutaram e conseguiram. Diríamos o quanto embriaga o dinheiro e o consumo, assim como a tv e os créditos bancários, a publicidade e os cursos fabulosos de marketing e lavagem cerebral. chegaríamos então à conclusão que era melhor, muito melhor, viver sem essa merda toda. simplesmente gozar mais um bocadinho o presente, ter mais calma, e não participar mais nesses esquemas que nos encarceram. Filosofaríamos mais, teríamos mais tempo para ler, olhar, apreciar e participar. E se calhar até ficávamos lá a viver uns tempos. ter tempo e desapego para fazer isso, era muito bom. ah! e ríamos muito!! muito muito!! e as anedotas não parariam até ao amanhecer...

sinto que ando saturada, jorge. detesto rotinas e pensamentos mecanizados. Ando cansada desta vida corre-corre onde não existem minutos ou horas que sobrem, para simplemente os dedicar ao vento. efectivamente o calendário mudou. não se compõe mais de minutos, horas, dias, semanas e por aí em diante. ele agora é feito de blocos de espaços abstractos que de vez em quando te permitem dar uma escapadela cá fora para ver como está o tempo. ver aquele tempo que já pouco existe, que está desbotado, quase um rascunho. e quanto mais lucidez se transparece no nosso espelho, mais sentido faria rasgar esse calendário e compor outro. era o que tu devias ter feito. rasgavas esse maldito calendário que tinhas guardado no bolso e inventavas outro que nunca incluisse um 16.

hoje é o teu aniversário e era contigo que eu brindava à vida, ao início, ao sabor a mar. faríamos hoje a malinha e partiríamos sem destino. onde não houvesse calendários, nem gente apressada em não ter tempo.
onde estás deve de haver tudo isso. calendários zero, pressas nem vê-las e muitos brindes à vida. viagens.. todas as que queres em pensamentos. 

hoje brindo a ti. happy birthday brother!!!  vê-mo-nos quando o calendário se lembrar.

terça-feira, 16 de abril de 2013

eterno és tu!

 
aqui pairas, entre todos, para nos fazeres sentir a importância de ser eterno..

eterno é alguém que aprendeu a generosidade da alma

eterno é quem cumpriu em dar o seu melhor

que viveu para deixar marcas que sobrevivem ao tempo e às circunstâncias

eterno és tu que nos presenteaste com a viva força de seres tu, sempre tu..

único, verdadeiro, com todas as  limitações

que foste superando ao longo desta estadia

e que nos ajudaste a ser seres melhores

invocando sempre a verdade, a justiça, o humor, a lealdade e o ser de bem

acima de tudo, ser um ser de bem que vê para além das suas necessidades

estamos hoje reunidos contigo para o sempre

bela

segunda-feira, 15 de abril de 2013

reunião a 3

 dia 16, como outro dia qualquer, havia encontro marcado na aguda. ou para ver o mar, para deliciar a vista, ou para ir ter com ela.
 o mundo dela que é o teu e o de nós todos, tinha gaivotas à mistura, cheiros de maresia e sal na boca e nos olhos
 as gaivotas seguiam-na pois conheciam os segredos da sua alma e do seu regaço
 os peixes multiplicavam-se perantes gritos  aos deuses e davam de comer a meio mundo

 a força era inevitavelmente desmedida! os olhos possuíam aquela genuinidade transparente

 pedaços de vida que nos foi marcada, pedaços de transplantes no teu coração
a confusão não entendida no tempo real.. a solidão no meio de tanta gente..
 
 tens aí reunião a 3.. que deve ser olhar  e cuidar de muitos... gostaria de espreitar..
são mesmo fragmentos de imagens retidas no tempo da imortalidade, mas que me transportam para pertinho de vocês onde eu não entro mas algo vejo.  dava o cú e dois tostões por te ter por perto e sentir a revolução nos teus olhos. era mesmo isso que me faria mais feliz. mas pronto, ficará para uma outra ocasião. Jorge, dá eternos beijos os teus dois companheiros de viagem, aos 2 do teu sangue e de todos nós. um beijo enorme. manda bitaites... a ver se os ouço!

sábado, 13 de abril de 2013

conversas sem ruido

 muitas vezes dou por mim num monólogo natural, quase automático entre mim, tu e a mãe. é levantar da cama e dou contigo e com ela antes de lavar os dentes. claro que aí mesmo começa a nossa conversa a 3. às vezes é o pedido de forças para suportar o dia, o queixume meu permanente sobre o frio que abomino ou simplesmente para me queixar das notícias que leio sobre o mundo e que me poem doente. outras vezes é para falar português. parece que desaprendo ( será?)  mas despeço-me sempre de  de vocês com um sorriso na cara.


apeteceu-me mandarte recuerdos das tuas amigas .. eras muito bem visto no meio delas, aliás tu não eras bem um amigo, tu eras aquele gajo que elas nem sabiam como dizer-te a admiração que tinham por ti. era tu dares meia volta e exaltavam-se as tuas qualidades de boa pessoa,  coração de ouro, amigo 5 estrelas, inteligente e brincalhão. conclusão ... deixaste aqui várias eternas fãs
 não falando da família, que te respeita e  sente a tua aura permanente no ar. esta foi uma das últimas viagens que fiz e estive com a nossa João. os sorrisos são para ti..
 este deve ser um teu fã e do porto também, já se vê. cada vez que lá vamos comer algo, vens sempre à baila..
e este é o velho dilema.. até quando??

mano, as nossas conversas nunca têm hora marcada, mas marcam passo no meu dia a dia. cada vez menos lágrimas, porém cada vez mais a certeza de que a alma é grande e invencível e que quanto maior for a alma na terra, maior é a alma noutro sítio qualquer que ainda não descobri. isso posso eu afirmar de pés juntos. a lisa diz que já sabe. eu às vezes sim, às vezes nem por isso..
só sei que as nossas conversas sem ruído, terminam sempre com um sorriso na cara. afinal ela deve ter razão.